quinta-feira, outubro 22, 2009

48...




48...


nos escalpos do pensar

quando não sei a cura

para as paixões dos poetas

eu viro abismo do outro

espelho do outro

olhar do outro

e a morte minha

dias que vem e vão

segue batida certa

carinhoso coração

a brincar som o verbo amar


Eliane Alcântara.

segunda-feira, outubro 19, 2009

47...




47…



Eu não quero compreender valores,

alguns massacram o que penso e sinto.

Para ser livre minha alma exige

a condição de ser inteira.


Eliane Alcântara.

quinta-feira, outubro 01, 2009

46...




46...




Coloque-me no colo, sua pequena, maior amante.


Encosta em meu corpo seus desejos,


descansa em meus ouvidos seus medos.



Deixa eu ficar miúda, grande carinho,


tranquila serenidade no toque suave da sua mão.


É da sua boca molhada que minha face precisa.



Não tenha pressa em consumir o meu fogo,


nem pense em possuir-me antes de macias carícias,


inunda-me com a música dos seus olhos canções.



Beba a fonte das vontades loucas em minha pele,


ama minha alma com o silêncio dos santos,


minha carne com a ternura dos vadios.



Quero brotar sensual ramalhete em sua cama,


florescer todas as sensações cabíveis no sonho de nós dois,


gozar dos delírios toda a pureza da sutileza paixão.



E ao fim sentir que somos dos amantes os primeiros


em delicadeza, selvageria e cumplicidade.


Necessito sentido em minha vida: você.



Eliane Alcântara.