quarta-feira, junho 17, 2009

40...


40...


Do local onde plantei meus sonhos
roubei um retalho de esperança
que carrego no bolso,
fitilho de certeza, construção,
algo que sou onde nada é vão.


Eliane Alcântara.

terça-feira, junho 16, 2009

39...


39...

Deliro em seu mastro minha fome,
escorrego e suspiro,
arde a carência da sua sede.

Entalo minhas vontades em seu desvelo
e zelosa engulo
do deleite o gozo.

E parece que morro em sua língua
o que bebe guloso
do meu prazer em sugá-lo.

Nada mais certo que meus seios em seu ventre,
seus pelos em minha face,
minha abertura o seu riacho.

E se há mais recomeçamos
entre abraços
sessenta e nove mil vezes mais,

afinal, somos líquidos amantes.

Eliane Alcântara.

sexta-feira, junho 12, 2009

38...


38...

Tenho horas inteiras na instância dos olhos
e toda paixão que habita-me transforma-se.
Eu não vivo tempo, já defini minha eternidade:
versos somente ao homem que eu amo.

Eliane Alcântara.