39...
Deliro em seu mastro minha fome,
escorrego e suspiro,
arde a carência da sua sede.
Entalo minhas vontades em seu desvelo
e zelosa engulo
do deleite o gozo.
E parece que morro em sua língua
o que bebe guloso
do meu prazer em sugá-lo.
Nada mais certo que meus seios em seu ventre,
seus pelos em minha face,
minha abertura o seu riacho.
E se há mais recomeçamos
entre abraços
sessenta e nove mil vezes mais,
afinal, somos líquidos amantes.
Eliane Alcântara.