quinta-feira, agosto 28, 2008

9...


9...

Mesmo que eu chore dores
no abismo verídico das horas
encontrarei sua imagem.
Mesmo que eu fuja
e negue o que eu sinto
sei que estará ali
sua carne e sangue
- impressão do tempo.

E neste motivo serei louca,
um dia amante
noutros solidão e despedida.
Aprendi com sua força
o não esperar que tudo seja
sem antes saber
o fim iniciático do que foi.

Estou preparada
para o que não virá – virá!
E os livros que já não leio
confundem
o que eu poderia ter dito
ou pensado no ato de libertá-lo,
clausura que tem a noite
- vida no frasco memória.

O temporal não cessará
- cômodo alma -
palavras não descansarão
- rugas aparato para poeira.
Abrirei minhas margens
e não morrerá o tédio,
versão concreta
- adocicada lágrima secreta.

E quando for outra vez
momento de chorar mortos
relembrarei sua existência viva
no cemitério dos meus ais
- tudo o que sou -
e sorrirei com o seu sorriso
a mulher a atropelar o destino
para voar – imagem.

Espelho sem medo,
talvez fique o seu reflexo
- mas eu irei.
Mais lúcida nasci viagem.
Longe o alcançarei,
espetáculo do meu ato.
Feche a cortina.
Apenas começamos...

Eliane Alcântara.

Um comentário:

JMJC disse...

Olá Eliane bom tarde, fikei um pouco surpreendido (pela positiva)por teres mudado o o teu estilo de escrever a q nos vens habituando ou seja qt ao tema dos poemas, esta muito bonito e adorei mt esta estrofe...

E quando for outra vez
momento de chorar mortos
relembrarei sua existência viva
no cemitério dos meus ais
- tudo o que sou -
e sorrirei com o seu sorriso
a mulher a atropelar o destino
para voar – imagem.


Bjssssssssssssssssss e ate amanhaa kkkkkkkkkkkkkkkkkk